Saúde Suplementar representa 8,1% da força de trabalho empregada no País

O Relatório de Emprego na cadeia da saúde suplementar do Instituto de Estudos da Saúde Suplementar (IESS) aponta que o número de trabalhadores no setor segue em crescimento.

O total de pessoas empregadas formalmente cresceu 2,7% no período de 12 meses, encerrado em junho de 2018, enquanto o total de empregos formais do conjunto econômico nacional apresentou leve variação positiva de 0,4%. Com o avanço, o número de trabalhadores empregados pelo setor já representa 8,1% da força de trabalho no Brasil.

Em junho de 2018, esse número de pessoas empregadas na cadeia de saúde suplementar foi de 3,5 milhões, entre empregos diretos e indiretos, o que representa 8,1% do total da força de trabalho empregada no País. Essa proporção é superior à de maio de 2018. O total de empregados no setor é resultado de um aumento de 1,1% em relação a março de 2017 (3 meses), o que representa um acréscimo de 39.336 postos de trabalho. Na comparação de 12 meses, entre junho de 2017 e junho do ano seguinte, o crescimento foi de 2,7%, o mesmo observado em maio deste ano

A variação de 12 meses, em junho, representa um aumento de 92.040 mil vagas formais em um ano. Destaca-se que o total de pessoas empregadas na economia é de 43,1 milhões. Esse número é resultado de um crescimento de 0,4% em 12 meses.

Emprego Setorial

Em junho de 2018, o subsetor que mais empregou na cadeia da saúde suplementar foi o de prestadores, que responde por 2,5 milhões de ocupações, o que representa 71,6% do total do emprego da cadeia. O subsetor de fornecedores empregou 832,2 mil pessoas ou 24,0% do emprego da cadeia, e as operadoras empregaram 153,8 mil pessoas ou 4,4% do total.

No período de 12 meses compreendido entre junho de 2017 e junho de 2018, o emprego gerado pelos prestadores aumentou 2,8% e foi seguido pelas operadoras, que cresceram 2,7%, e pelos fornecedores, que cresceram 2,5%. Destaca-se que, nesse período, o total de empregos na economia subiu 0,4%. Para prestadores e operadoras, o desempenho de junho foi superior ao de abril.

Fluxo de Emprego

Em junho de 2018 a cadeia da saúde suplementar apresentou o saldo positivo de contratações de 9.794 pessoas. No relatório de maio do mesmo ano, este saldo havia sido de 13.513. O total de admissões em junho foi de 84.783 pessoas e o de demissões foi de 74.989 pessoas. Na economia como um todo, o saldo de junho foi negativo em 661 postos formais de trabalho. O saldo da cadeia foi maior em junho de 2018 do que no mesmo mês de 2017. Nesse período o destaque vai para os prestadores, com saldo de 8.620 em junho deste ano.

Distribuição geográfica

Em junho de 2018 todas as regiões geográficas apresentaram saldo de contratação positivo na cadeia da saúde. O Sudeste foi a região que apresentou o maior saldo (4.525), e esse resultado foi impulsionado pelo resultado positivo de prestadores (4.095) e fornecedores (270). A região

Norte foi a que apresentou o menor saldo (218). Com respeito à economia como um todo, a região Sul foi a única que apresentou saldo negativo de vagas formais pelo segundo mês consecutivo (-17.150 em junho de 2018).

Índice de Emprego

Com o objetivo de tornar mais claro como o emprego na cadeia da saúde suplementar evolui ao longo dos anos, foi calculado um número-índice do estoque de pessoas empregadas, tendo como base o ano de 2009. Portanto, a análise da evolução tem por base o estoque de pessoas empregadas na cadeia de saúde suplementar em 2009, e os números-índices dos anos posteriores são sempre relativos ao valor do ano base.

Em junho de 2018 o número-índice do estoque de emprego na cadeia da saúde suplementar foi de 139, apresentando crescimento em relação ao mês anterior, que havia sido de 138.

O número-índice da economia total manteve-se o mesmo (110), ainda assim inferior ao da cadeia da saúde suplementar. A análise do número-índice evidencia que, apesar da crise econômica, o estoque de pessoas empregadas na saúde suplementar tem conseguido manter a estabilidade em relação a 2009 (ano-base do índice).

Observa-se que o subsetor de operadoras ainda é o que tem apresentado o maior crescimento no estoque de emprego. Em junho de 2018 o índice de emprego manteve-se em 147, superior à média do setor de saúde suplementar e ao da economia. Os subsetores de fornecedores e prestadores também mantiveram os maiores valores, 139 e 138, respectivamente.

Breno de Faria

“O setor de saúde suplementar contribui de forma significativa para a economia do País e deve ser reconhecido e incentivado como o importante agente econômico que é”, afirma o presidente da Unimed Goiânia, Breno de Faria.