Diversidade de gênero na Unimed Goiânia é exemplar

Na Unimed Goiânia, mulheres são maioria e representam 70,11% da força de trabalho

De acordo com o Jornal O Globo, as mulheres correspondem a 43,8% do total de trabalhadores brasileiros. Entretanto, sua participação em cargos de direção e gerência ainda é reduzida, representando 37%. Além disso, ainda existe a desigualdade de rendimentos nos cargos de chefia. Em média, a mulher ganha 76% do salário dos homens, porém, a escolaridade feminina é maior do que a deles em seis meses de estudos. Enquanto os homens têm uma remuneração média de R$ 2.408,00, as mulheres ganham R$ 1.863,00, mesmo com mais qualificação, já que, muitas vezes, estudam mais e têm o nível de escolaridade mais elevado.

A realidade da Unimed Goiânia não é a mesma que a brasileira. A Cooperativa possui 1.343 colaboradores celetistas. As mulheres são maioria e representam 70,11% da força de trabalho. Dessas, 4,36% ocupam cargos de liderança.

Nos cargos de coordenação, a representação feminina aumenta ainda mais: 79% dos cargos de gestão nesse nível são ocupados por mulheres, que possuem salário maior que o dos homens em 1, 54%. A faixa etária dessas líderes está entre 29 e 51 anos. Cerca de 50% delas já tiveram o benefício da licença-maternidade, sendo que 97,57% retornaram aos seus postos de trabalho sem qualquer intercorrência.

João Damasceno Porto

“A Cooperativa compreende o momento da vida que cada colaboradora está vivendo e a apoia sem qualquer viés de discriminação”, garante o diretor Administrativo, João Damasceno Porto.

Nos cargos de gerência, último nível hierárquico com vínculo celetista, elas correspondem a 50% do quadro, com salário maior que o dos homens em 9,51%. Apesar disso, ainda é preciso evoluir. Nos cargos de apoio, operacionais e técnicos, os salários das mulheres chegam a ser menores na comparação com os dos homens em até 24,99%. “Não fazemos qualquer distinção na hora da admissão ou promoção, mas o que acontece é que os cargos de melhor remuneração nesse nível têm uma taxa de ocupação maior por homens. Precisamos melhorar esses índices”, explica o diretor.

Breno de Faria

Para o presidente da Unimed Goiânia, a valorização das mulheres é um dos pilares mais importantes de boas práticas de diversidade dentro de uma organização, mas não é o único. Ainda existem desigualdades raciais que precisam ser enfrentadas e a maior inclusão de pessoas com necessidades especiais para que se possa espelhar com mais igualdade a diversidade existente na sociedade. “Devemos pensar formas de garantir oportunidade para todas as pessoas, e é papel do Conselho de Administração ser um facilitador do processo de inclusão, difundindo valores que estimulem novas práticas na seleção de recursos humanos para enfrentar preconceitos”, analisa o presidente.

Segundo ele, empresas com pensamento rígido, onde todos agem e pensam igual, estão cada vez mais ultrapassadas em um mercado flexível, ágil e inovador, no qual o respeito à diversidade é fator de diferenciação e competividade.

Para caminhar nessa direção, a Unimed Goiânia implementará uma série de ações como processos seletivos com pareceres neutros (sem sexo, idade e PcD) e sensibilização de lideranças, além de abordar, a cada três meses, a questão da diversidade na reunião dos coordenadores e gerentes, com mensagens que ressaltam que “somos iguais nas diferenças”, e preencher a cota de Pessoa com Deficiência (PcD).