Atenção primária à saúde para conter avanço de custos

Grande destaque da convenção foi necessidade de focar em atenção primária 

O gasto de planos de saúde com consultas, exames e procedimentos assistenciais deverá passar dos R$ 170 bilhões em 2018, um avanço de 8,7% em relação a 2017, de acordo com a projeção da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), já apontada pelo Instituto de Estudos da Saúde Suplementar (IESS). Diversos fatores contribuem para esse aumento, como mostra uma reportagem recente, “Os desafios dos planos de saúde”, publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo.

O IESS tem, constantemente, buscado apontar caminhos para combater esse avanço e fornecer subsídios técnicos para auxiliar gestores e tomadores de decisões na busca pela sustentabilidade econômico-financeira do setor. Um exemplo é o estudo “Arcabouço normativo para prevenção e combate à fraude na saúde suplementar no Brasil”, realizado em parceria com a PwC Brasil, para destacar a necessidade de mudanças regulatórias no País.

Com o objetivo de fomentar o debate, o instituto busca trazer outros trabalhos e iniciativas que possam contribuir para este debate e para a implementação de novas ações.

A reportagem “Atenção primária é saída para conter custo”, publicada no jornal Valor Econômico, traz um relato sobre o congresso realizado pelo International Finance Corporation (IFC), no fim da semana passada, em Miami, com 450 representantes de empresas do setor de saúde de mais de 70 países.

O grande destaque da convenção foi a necessidade de focar em atenção primária e, nesse sentido, algumas empresas apresentaram casos interessantes que podem, e devem, ser analisados pelo mercado. Entre elas estão duas organizações brasileiras: NotreDame Intermédica e Prevent Senior.

Maureen Lewis, CEO da Acesso Global, também falou no evento e destacou a necessidade de mudar padrões de uso dos serviços de saúde, como a procura exagerada por pronto-socorro em casos que não são nem de urgência nem de emergência. Sobre o assunto, vale rever a palestra que ela ministrou no seminário Qualidade e Eficiência na Saúde: “Revolucionando o sistema de saúde por meio da qualidade e eficiência”.

Sobre atenção primária à saúde e sua importância para trazer mais racionalidade ao setor, o IESS aponta a iniciativa da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), “Programa de Certificação de Boas Práticas em Atenção à Saúde”, instituído pela Resolução Normativa (RN) 440, que visa incentivar as operadoras de planos de saúde a desenvolverem redes de atenção ou linhas de cuidado em atenção primária. A ação tem foco especial também no acompanhamento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), assunto que já foi tratado pelo instituto. Vale ler, também, a reportagem intitulada “ANS lança programa para incentivar planos a terem linhas de prevenção”, do Correio Braziliense.

Por fim, há o trabalho vencedor da categoria Promoção de Saúde e Qualidade de Vida no VII Prêmio IESS, “Atenção Primária na Saúde Suplementar: estudo de caso de uma Operadora de Saúde de Belo Horizonte”, de Eulalia Martins Fraga, um dos primeiros no País sobre o tema.

Ações necessárias implementadas pela Unimed Goiânia

A Cooperativa já vem implementando mudanças necessárias para o fortalecimento da atenção primária e a criação de um novo modelo de assistência integral que promova o gerenciamento inteligente da saúde, evite doenças e complicações e melhore os hábitos de vida, alinhado aos esforços do Sistema Nacional Unimed.

 PAS está localizado no Espaço Sinta-se Bem

O Programa de Atenção à Saúde (PAS) – Medicina Preventiva da Cooperativa, criado com antecedência na década de 2000, tem uma função estratégica e desenvolve ações de Gerenciamento de Casos Crônicos.

Também são feitos investimentos no combate à Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) e a Abordagem ao Tabagista, com a incorporação de treinamentos para médicos e médicas cooperados, com foco em pacientes crônicos da carteira de clientes. Esse projeto tem como objetivo principal a valorização do trabalho médico e o percurso assistencial correto de pacientes crônicos.

Além disso, a Unimed Goiânia participa de projetos de inovação em conjunto com a ANS, o Idoso Bem Cuidado, a OncoRede e o Parto Adequado, sendo uma operadora com acreditação de qualidade pela ANS.

Breno de Faria

“Já estamos avançados com relação à proposta da ANS de estimular Boas Práticas em Atenção à Saúde. Continuaremos a avançar na implantação de um novo modelo de atenção básica e na utilização de inteligência artificial (artificial intelligence – AI) para evitar complicações de saúde nos grupos de pacientes crônicos monitorados pelo Programa de Atenção à Saúde (PAS) – ações em fase inicial que se estenderão, futuramente, para toda a carteira de clientes”, afirma o presidente da Unimed Goiânia, Breno de Faria.

Fonte: Instituto de Estudos da Saúde Suplementar (IESS) e Unimed Goiânia.