Cooperados e cooperadas da Unimed Goiânia têm aula de Treinamento Médico sobre AVC

No dia 30 de julho, médicos e médicas da Cooperativa assistiram a uma aula de Treinamento Médico sobre Acidente Vascular Cerebral (AVC), que abordou o protocolo de atendimento nos Recursos Próprios. A exposição foi feita pelo neurologista Marco Tulio Araújo Pedatella e aconteceu no Espaço de Convivência do 3º andar do complexo administrativo, às 19h.

Washington Luiz Rios

Na abertura o diretor de Recursos Próprios, Washington Luiz Rios, explicou que os protocolos são exigências da ONA para um melhor e mais seguro atendimento. “Os protocolos de sepse e dor torácica já foram implantados e seus resultados estão sendo analisados para a implementação das melhorias necessárias para seu aperfeiçoamento. É fundamental a participação de vocês, cooperados e cooperadas, na construção do protocolo para conquistarmos a excelência”, comenta.

Marco Tulio Araújo Pedatella

A aula abordou o conceito de AVC agudo e os principais sinais que devem ser percebidos para se diagnosticá-lo. “Devemos ficar atentos quando o paciente começa a apresentar dificuldade de comunicação oral (fala arrastada) e de compreensão; alteração de força e/ou sensibilidade em um ou ambos os lados do corpo; dificuldade para enxergar com um ou ambos os olhos, dificuldade para marcha ou equilíbrio. E o que mais indica AVC agudo é o início súbito desses sintomas”, diz o neurologista.

Quando se fala em AVC, ele pode ser de dois tipos: isquêmico, que é o mais comum e acontece quando falta circulação numa área do cérebro provocada pela obstrução de uma ou mais artérias por ateromas, trombose ou embolia; e o hemorrágico, que é mais raro e mais letal, que acontece devido a um sangramento cerebral provocado pelo rompimento de uma artéria ou vaso sanguíneo, em virtude de hipertensão arterial, problemas na coagulação do sangue, traumatismos.

“O AVC é a segunda causa de morte no Brasil, perdendo apenas para o infarto. Estima-se que ocorrem cerca de 400.000 casos de AVC no País por ano. E ele é a principal causa de incapacidade motora. O quanto antes cuidarmos dos sintomas e impedirmos a sua evolução, melhor será a recuperação do paciente”, diz Marco Tulio.

O ideal de atendimento de um paciente com suspeita de AVC, seja de qualquer tipo, é de até 6 horas após o início dos sintomas. A sugestão de protocolo é para considerar a Escala de NIHSS, com base nela, o médico do SAU e do Centro Clínico determinam o melhor tratamento.

“A NIHSS serve como base para avaliação clínica do estado neurológico do doente com AVC agudo, serve para prever o tamanho da lesão e a gravidade do acidente. Ela avalia nível de consciência, olhar conjugado, visão, motor para braços e pernas, ataxia, sensibilidade, melhor linguagem, disartria e extinção ou desatenção. A NIHSS pode ter sua pontuação variando de 0 (sem evidência de déficit neurológico pela esfera testada na escala) a 42 (paciente em coma e irresponsivo), porém, se a pontuação já for maior que 22, o paciente está dentro do pior diagnóstico”, explica o cooperado.

O tratamento eficaz de um paciente com AVC é dentro das 6 horas após o início dos sintomas e se dá na seguinte ordem: internação, controle pressórico, controle glicêmico, prevenção de complicações, reabilitação, investigação etiológica e profilaxia secundária.

Maria Madalena Graciano Pinheiro

“Eu assisti a essa aula no ano passado e vim novamente este ano, pois acredito que é essencial esse tipo de ensinamento. As mudanças vão acontecendo, a medicina vai evoluindo e a Unimed Goiânia tem que acompanhar para apresentar um atendimento moderno e de excelência”, comenta a cardiologista Maria Madalena Graciano Pinheiro.

Juliano Campioni 

Juliano Campioni é ortopedista e gostou bastante da aula. “A Cooperativa interessada em apresentar e implantar bons protocolos é sinal de cuidado, de atenção à saúde. Nós, como cooperados, nos sentimos bem de trabalhar para uma instituição que preza pelo cuidado da saúde assim como nós”, diz.