IESS apresenta importantes estudos nacionais e internacionais

A última edição do Boletim Científico Instituto de Estudos da Saúde Suplementar (IESS) resume dez importantes estudos, nacionais e internacionais, publicados na literatura científica no terceiro quadrimestre de 2018. O destaque na seção de Economia & Gestão é o estudo "Examinando os beneficiários que mais usam os recursos hospitalares: implicações de um perfil desenvolvido a partir de dados de planos de saúde da Austrália "; e em Saúde & Tecnologia, "Tendências de fatores de risco e proteção de doenças crônicas não transmissíveis na população com planos de saúde no Brasil de 2008 a 2015”.

Breno de Faria

“Recomendamos a cooperados e cooperadas que se mantenham informados a respeito dos principais assuntos científicos. O IESS é comprovadamente uma boa fonte de informação”, diz o presidente da Unimed Goiânia, Breno de Faria.

A íntegra dos estudos pode ser acessada AQUI.Veja a seguir uma síntese das conclusões de cada pesquisa:

Tendências de fatores de risco e proteção de doenças crônicas não transmissíveis na população com planos de saúde no Brasil de 2008 a 2015.

Entre 2008 e 2015, pessoas usuárias de planos de saúde apresentaram aumento das prevalências de fatores de proteção como consumo de frutas e legumes e atividade física no lazer; houve redução de fatores de risco como tabagismo, consumo de refrigerantes, aumento na cobertura de mamografia e declínio na prevalência do tabagismo. Entretanto, ocorreu aumento do excesso de peso, da obesidade e diabetes. Existem diferenças conforme o sexo. Em geral as mulheres acumulam mais fatores de proteção e homens, mais fatores de risco.

Fonte: Revista Brasileira de Epidemiologia, 21(Supl. 1). Epub, 29 de novembro de 2018.

Variação de custos e oportunidades de poupar em um modelo de cuidados oncológicos

A quimioterapia e a internação hospitalar aguda tendem a ser os maiores contribuintes para a variação inter-regional e oferecem maior potencial para reduzir gastos dentro de episódios definidos pelo OCM. Outras fontes de poupar diferem por tipo de câncer. A região de referência de baixa despesa pode ser um modelo para reduzir o custo do tratamento do câncer.

Fonte: Am J Manag Care. 2018; 24(12):618-623.

Atendimento ambulatorial fragmentado e utilização subsequente de cuidados de saúde entre beneficiários do Medicare

Entre as pessoas com uma a duas ou três a quatro condições crônicas, ter maior número de atendimentos fragmentado aumentou significativamente o risco de uma consulta de emergência e, separadamente, o risco de internação Entre as com cinco ou mais condições crônicas, ter o atendimento mais fragmentado aumentou significativamente o risco de uma consulta de emergência, mas diminuiu o risco de uma internação. Entre as com nenhuma condição crônica, ter cuidado fragmentado não foi associado a nenhum dos desfechos. A relação entre atendimento ambulatorial fragmentado e posterior utilização varia conforme o número de condições crônicas. Beneficiários e beneficiárias com uma carga moderada de condições crônicas (1-2 ou 3-4) parecem estar em maior risco de excesso de visitas e internações devido a cuidados fragmentados.

Fonte: Am J Manag Care. 2018;24(9): e278-e284.

O boletim destaca também estudos sobre a multimorbidade em indivíduos com 50 anos ou mais, tais como “Uso de evidências científicas por dentistas no Brasil: espaço para melhorar a prática baseada em evidências”, “Examinando os beneficiários que mais usam os recursos hospitalares: implicações de um perfil desenvolvido a partir de dados de planos de saúde da Austrália”, “Seguro de saúde privado e gastos catastróficos com saúde das famílias com pacientes com câncer na Coreia do Sul”, “Impacto do Seguro privado de saúde sobre o sistema público de saúde: o caso dos partos cesarianas”, “Passar a noite? Incentivos do prestador, restrições de capacidade e resultados para os pacientes”, “Efetividade dos créditos tributários para o prêmio do seguro saúde: evidências do crédito tributário do seguro saúde”.

Fonte: IESS e Unimed Goiânia.