Setor de Saúde Suplementar abre mais de 123 mil novas vagas de emprego

A cadeia de valor da saúde gerou 123,1 mil novas vagas privadas formais de trabalho entre maio de 2019 e o mesmo mês de 2018, alta de 3,6%. Neste período, descontando os empregos com carteira assinada do setor de saúde, a economia nacional gerou 279,2 mil postos de trabalho formais. Essas informações constam no Relatório do Emprego com Carteira Assinada na Cadeia Produtiva da Saúde, elaborado pelo Instituto de Estudos da Saúde Suplementar (IESS).

Em maio de 2019, o número de pessoas empregadas pelo setor privado na cadeia da saúde foi de 3,6 milhões, entre empregos diretos e indiretos, o que representa 8,2% do total da força de trabalho empregada no País. O total de pessoas empregadas no setor cresceu 1,1% em relação a fevereiro de 2019 (3 meses), o que representa um acréscimo de 37.778 postos de trabalho. Na comparação de 12 meses, entre maio de 2018 e de 2019, o crescimento foi de 3,6%. A variação de 12 meses em maio representa um aumento de 123.128 vagas formais. Destaca-se que o total de pessoas empregadas na economia é de 43,5 milhões, tendo crescido 0,9% em 12 meses.

Emprego setorial

Em maio de 2019, o subsetor que mais empregou na cadeia da saúde foi o de prestadores, que responde por 2,6 milhões de ocupações, o que representa 71,9% do total do emprego. O subsetor de fornecedores empregou 850,3 mil pessoas ou 23,6% do emprego da cadeia, e as operadoras empregaram 158,5 mil pessoas ou 4,4% do total.

No período de 12 meses compreendido entre maio de 2018 e maio de 2019, o emprego gerado na cadeia da saúde cresceu 3,6%, puxado pelos prestadores com 4,0%. As operadoras cresceram 3,3% e fornecedores, 2,3%. Destaca-se que, nesse período, o total de empregos na economia cresceu 0,9%.

Fluxo de Emprego

Em maio de 2019 a cadeia da saúde apresentou um saldo positivo de contratações de 8.201 postos privados. Esse saldo é inferior ao de abril de 2019, que foi de 25.019. O total de admissões em maio de 2019 foi de 93.429 pessoas, e o de demissões foi de 85.228. Na economia como um todo, o saldo de maio deste ano também foi positivo, de 32.140 postos formais de trabalho.

O saldo de maio do emprego privado foi inferior ao do mesmo mês em 2018. O destaque nesse resultado vai para prestadores, cujo saldo foi de 6.255 postos formais de trabalho privado em maio de 2019.

Distribuição Geográfica

No mês de maio, todas as regiões geográficas apresentaram saldo de contratação positivo na cadeia da saúde, já considerando a economia como um todo. A região Sul teve saldo negativo, o Sudeste foi a região que apresentou o maior saldo na saúde (5.393), resultado impulsionado pelo resultado positivo de prestadores (3.686). A região com segundo maior desempenho foi o Centro-Oeste, com saldo positivo de 1.277. A região Norte foi a que apresentou o menor saldo (528).

Índice de Emprego

Com o intuito de tornar mais claro como o emprego na cadeia privada da saúde evolui ao longo dos anos, foi calculado um número-índice do estoque de pessoas empregadas, tendo como base o ano de 2009. Portanto, a análise da evolução tem por base o estoque de pessoas empregadas na cadeia privada de saúde em 2009, e os números-índices dos anos posteriores são sempre relativos ao valor do ano base. Em maio, observa-se que o número-índice do estoque de emprego na cadeia da saúde foi de 143, mesmo valor de abril de 2019. O número-índice da economia total foi de 111, também permanecendo o mesmo de abril. A análise do número-índice evidencia que, apesar da crise econômica, o número de pessoas empregadas na saúde tem crescido continuamente (em relação a 2009, ano-base do índice).

Observa-se que o subsetor de operadoras ainda é o que tem apresentado o maior crescimento no estoque de emprego. Em maio de 2019 o índice de emprego desse subsetor foi de 152, que continua sendo superior à média do setor de saúde e à da economia. No subsetor prestadores e fornecedores a média foi de 143 e 142, respectivamente.

Breno de Faria

“Mais uma vez, o Setor de Saúde Suplementar dá mostras de dinamismo em um período de retração da economia brasileira e garante direitos trabalhistas. Diante dos desafios apresentados pelo cenário nacional, devemos manter uma observação atenta aos movimentos do mercado para garantir medidas de defesa de nossa sustentabilidade”, afirma o presidente da Cooperativa, Breno de Faria.