Unimed Goiânia compartilha experiência na implantação do DRG

A diretora de Planejamento e Controle da Cooperativa, Selma Trad, ministrou uma palestra sobre a experiência de implantação do Grupo de Diagnósticos Relacionados (DRG) em um workshop sobre o tema realizado pela Unimed Federação Minas Gerais, no dia 31 de maio, na sede do Sistema Ocemg, na Unimed Belo Horizonte.

O DRG é uma metodologia de gerenciamento de custos e da qualidade assistencial que permite a elaboração de pacotes – clínicos e cirúrgicos – para comercialização de serviços hospitalares, tendo como base informações coletadas a partir da internação de pacientes.

A metodologia foi concebida em Yale (Estados Unidos) e está em uso há anos por governos, hospitais e operadoras em países da América do Norte, de toda a Europa ocidental, da África (África do Sul), da Ásia e da Oceania. Aqui, o DRG Brasil está adequado ao perfil epidemiológico e estrutural do sistema de saúde do nosso país. Vem sendo aplicado, em larga escala, em operadoras de saúde suplementar, abrangendo mais de 5 milhões de pessoas beneficiárias, e em mais de 200 hospitais em todo o território nacional.

Selma Trad

Em sua exposição, a diretora apresentou as etapas de sua implantação na Unimed Goiânia. O processo foi iniciado em 2013, com o início da coleta de dados e qualificação da rede prestadora. Em 2016, em sua segunda fase, foi feita a integração da gestão de custos com base na metodologia. A partir de 2017 e 2018, começou o Projeto Coordenação de Cuidados – Alta Segura Cirúrgica, linha de cuidados do paciente cirúrgico de baixa complexidade. Em 2018, iniciou o pagamento por bundles (pacotes) DRG Brasil. Até o momento, 138.270 altas foram codificadas no banco de dados do DRG Brasil.

Segundo Selma Trad, os principais objetivos da mudança do modelo remuneratório são eliminação do tempo de autorização, maior previsibilidade dos custos por parte da Unimed Goiânia, maior controle da assistência por parte do hospital, redução do tempo de processamento de contas, pagamento da conta hospitalar sem auditoria da Cooperativa (exceto nos casos considerados como regras de exceção), redução dos custos transacionais, aumento da qualidade e eficiência assistencial.

A diretora discorreu sobre a metodologia para composição dos bundles e deu um exemplo de cálculo com a utilização da calculadora do DRG Brasil, expôs as regras de exceção e apresentou exemplos do impacto econômico no custo assistencial e administrativo.

“Acreditamos na eficiência da metodologia e já temos resultados positivos demonstrados. Pretendemos iniciar esse novo modelo de remuneração em janeiro do ano que vem. Estamos dando continuidade às negociações com as associações que representam os hospitais, à sensibilização de todos os hospitais que aderiram ao projeto e acreditamos no sucesso da iniciativa para todas as pessoas envolvidas”, afirma a diretora Selma Trad.