Cooperados e cooperadas da Unimed Goiânia participam de treinamento para protocolos de Sepse

A cooperada infectologista Marianna Peres Tassara ministrou a palestra “Treinamento de Atendimento Médico: Protocolo de Sepse” no dia 22 de maio, no Espaço de Convivência do complexo administrativo da Unimed. O treinamento contou com a presença do diretor de Recursos Próprios, Washington Luiz Rios, e de médicos e médicas do Serviço de Atendimento Unimed, do Centro Clínico e da Unimed Criança.

A sepse é um conjunto de manifestações graves em todo o organismo produzidas por uma infecção. Ela é conhecida popularmente por infecção generalizada, porém não é exatamente a infecção que está em todas as partes do organismo. Às vezes, pode se localizar em apenas um órgão, mas provoca em todo o organismo uma resposta por meio de uma inflamação numa tentativa de combater o agente da infecção. Essa inflamação pode vir a comprometer o funcionamento de vários órgãos do paciente.

A médica explicou que, em 2017, a Society of Critical Care Medicine (SCCM) e a European Society of Critical Care Medicine (ESICM) extinguiram o termo “sepse grave”, entendendo que não existem graus de gravidade. “A sepse é uma disfunção orgânica que deve ser combatida desde os primeiros sinais para evitar sua letalidade”, conta.

De acordo com o Instituto Latino Americano da Sepse (ILAS), nas 227 unidades de terapia intensiva (UTIs) brasileiras selecionadas aleatoriamente para representarem, de maneira adequada, o cenário nacional, 30% dos leitos do País estão ocupados por pacientes com sepse ou choque séptico, e a letalidade foi de 55%.

O quadro de sepse deve ser considerado no reconhecimento de três critérios do qSOFA (quick, sepsis related, organ, failure, assesment), que tem como objetivo auxiliar na identificação precoce de pacientes com maior risco de evoluírem para sepse. Os critérios são pressão arterial sistólica menor que 100mmHg; frequência respiratória maior ou igual 22 irpm e alteração mental.

Nesses casos, o médico deve realizar a avaliação do paciente em dez minutos e o protocolo “Pacote de 6 horas” deve ser iniciado com seis ações:

1. Coleta de exames laboratoriais, com resultado em até 60 minutos, para a pesquisa de disfunções orgânicas: gasometria e lactato arterial, hemograma completo, creatinina, bilirrubina e coagulograma;

2. Hemoculturas antes do início da antibioticoterapia;

3. Antibioticoterapia direcionada em até 60 minutos;

4. Ressuscitação volêmica com pressão arterial média maior que 65 mmHg e débito urinário maior que 0,5 ml/Kg/hora;

5. Pressão venosa central entre 8 e 12 mmHg (pacientes em ar ambiente) ou 12 e 15 mmHg (pacientes sob ventilação mecânica invasiva ou com diminuição da complacência ventricular);

6. Saturação venosa de oxigênio maior que 70% (pacientes sem disfunção) e maior que 60% (pacientes com disfunção).

Júlio César Pinheiro

Para o ortopedista Júlio César Pinheiro, mesmo não lidando diretamente com esse tipo de caso, ele acredita ter sido um tema apropriado. “A grande questão está na adesão correta aos protocolos para que se tenham dados precisos para se trabalhar os estudos e então melhorar os procedimentos e o atendimento”, conta.

Giovana Denófrio

“Esse tipo de procedimento salva vidas e minimiza custos da Cooperativa, então eu acho que é muito importante. Tem que haver um equilíbrio nesses objetivos para sempre prestar um atendimento de excelência”, comenta a dermatologista Giovana Denófrio.