Pesquisa Ibope avalia planos de saúde

Pesquisa realizada entre abril e maio de 2019, pelo Ibope Inteligência a pedido do Instituto de Estudos da Saúde Suplementar (IESS), com o objetivo de captar a avaliação de usuários e usuárias de planos de saúde sobre os serviços prestados pelas operadoras no País, gera importantes indicativos de qualidade para que as operadoras de saúde possam trabalhar em prol da contínua melhoria dos serviços oferecidos.

A pesquisa foi realizada com pessoas beneficiárias e não beneficiárias de planos de saúde em oito regiões metropolitanas. Foram entrevistados homens e mulheres, com 18 anos ou mais, nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Porto Alegre, Manaus e Brasília, entre os dias 29 de abril e 17 de maio de 2019.

Breno de Faria

Para o presidente da Unimed Goiânia, Breno de Faria, a pesquisa traz informações importantes sobre a opinião e a experiência da população a respeito dos planos de saúde. “Junto com educação e moradia, a proteção proporcionada por um plano de saúde está entre os bens mais almejados pela população, e em virtude da crise econômica os planos coletivos empresariais ganham cada vez mais força. Isso nos indica quais áreas de mercado podem ser fortalecidas em nossas políticas de investimento”, analisa ele.

Veja os resultados:

Segundo a opinião das pessoas entrevistadas, a segurança e o respaldo com relação à saúde se tornaram as principais razões para ter um plano de saúde. Três entre dez citam que possuem um plano porque têm esse benefício oferecido pela empresa.

A satisfação com os planos de saúde se mantém estável. Porto Alegre continua sendo o destaque neste quesito, mas não há movimentações consideráveis e também não há diferença na avaliação entre classes. A satisfação é maior entre quem já realizou uma internação ou parto. Mulheres e pessoas beneficiárias com ensino fundamental são quem mais recomendariam o plano de saúde. A recomendação é maior entre quem fez exames e consultas. A intenção de continuar com o plano de saúde atual é maior entre os mais velhos e entre quem passou por internação.

A demora na marcação de consultas ganha força e continua sendo a principal razão de insatisfação. Qualidade de profissionais, rede credenciada e preço aparecem na terceira posição.

De um modo geral, clientes apresentam opiniões favoráveis para a posse de plano de saúde. Grande parcela declara que é essencial para quem tem filhos pequenos, seguido por segurança no caso de doença ou acidente.

Há praticamente unanimidade em relação à importância de uma empresa oferecer plano de saúde a seus funcionários. Os planos de saúde recebem avaliação mais favorável no atendimento para consultas e internações, já, para exames, a melhor avaliação está no acesso ao serviço. A maioria que buscou atendimento considerou que recebeu atendimento satisfatório todas as vezes.

Apesar de possuírem plano, um terço utilizou o sistema de saúde público no último ano, mas a satisfação é bem mais baixa do que com o atendimento geral do plano. No total, 34% das pessoas entrevistadas utilizaram algum serviço de saúde pública, como SUS, AMA ou pronto-socorro nos últimos 12 meses.

Grande maioria tem conhecimento sobre médicos, laboratórios, hospitais e procedimentos que as operadoras oferecem. As questões que envolvem preço/custo são um pouco menos conhecidas.

Aumenta o percentual dos que já tiveram plano de saúde (54%) e hoje não possuem mais. Se mantém estável a valorização e o número de pessoas não beneficiárias que gostariam de ter um plano (73%).

A grande maioria dessas pessoas não beneficiárias considera importante ter um plano de saúde (89%). Mas o maior obstáculo para adquiri-lo ainda é o preço. O principal motivo para deixar de ter o plano é o desligamento da empresa em que trabalhava, aliado com as condições financeiras e custos dos planos de saúde.

O preço é sem dúvida a principal barreira de acesso aos planos de saúde (77%), seguido pela falta de necessidade (26%). Vale destacar o aumento no item “empresa não oferece” (22%) e “quando precisa, procura particular” (18%).

Educação, moradia e plano de saúde permanecem como os três bens mais importantes. Entretanto, moradia apresenta queda em 2019, dando lugar para educação.

A primeira opção de atendimento é o clínico geral (51%) e médico especialista (30%). Para pessoas não beneficiárias, clínico geral (52%) e posto de saúde (24%)

Entre beneficiários e beneficiárias de planos, o uso dos serviços de saúde ocorre principalmente para rotina/prevenção, assim como entre as pessoas não beneficiárias que utilizam os serviços por rotina/prevenção, além de necessidade e emergência.

Em linhas gerais, cerca da metade tem conhecimento da relação médico/hospitais com a indústria farmacêutica e gostaria de saber se o seu médico/hospital recebe algum benefício dessa indústria.

Veja a íntegra da pesquisa aqui:

Fonte: IESS.