Atenção ao cartão de vacinação é uma responsabilidade de todos
Nível de proteção ideal para crianças está em torno de 95% de cobertura vacinal
Em vários municípios do Brasil, estão sendo registrados índices mais baixos de imunização das principais vacinas, como é o caso da Tríplice Viral (contra sarampo, caxumba e rubéola), que chegou em 85% em 2017. Com isso, aumentaram os casos de sarampo. Especialistas reforçam que a atenção ao cartão de vacinação é uma responsabilidade de todos.
Em todos os casos de vacinação, o nível de proteção ideal para crianças está em torno de 95% de cobertura vacinal. Os fatores que levaram à queda nessas taxas podem ser o desabastecimento de vacinas essenciais nos postos públicos, além de desinformação.
Luciana Barreto
Para a coordenadora médica do Centro de Vacinação da Unimed Goiânia, Luciana Barreto, tem ocorrido uma grande disseminação de informações equivocadas, principalmente através da internet, por grupos “antivacinas”, além da banalização de doenças. Com o desaparecimento das doenças, as pessoas tendem a valorizar os efeitos adversos, temporários, de algumas vacinas, esquecendo-se da gravidade da doença. As campanhas de erradicação das doenças no passado tiveram muito sucesso, mas se não houver um cuidado constante, elas voltam”, explica.
Em 2016, o Brasil recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde um certificado de eliminação do sarampo, sendo o primeiro país do mundo a ser considerado zona livre da doença. Hoje, o Brasil corre o risco de perder o certificado se os números de casos de sarampo não forem diminuídos. Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil, o número chegou a 677, mas não há motivo para uma corrida aos postos de saúde.
José Garcia
"O mecanismo que faz com que a vacina seja importante é a prevenção - ela não é curativa, é preventiva. É aplicada no paciente saudável para que possa criar anticorpos que permitam responder à doença no caso de contato com a bactéria ou o vírus. A resposta não deve ser apenas quando há incidência da doença, mas de maneira preventiva", destaca José Garcia, diretor de Recursos e Serviços Próprios II.
Diante do aumento de casos de sarampo, o Ministério da Saúde recomenda:
Na rotina, para vacinação infantil, duas doses: uma aos 12 meses e a segunda aos 15 meses de idade (quando é utilizada a vacina combinada à varicela).
Crianças mais velhas, adolescentes e adultos até 29 anos devem receber as duas doses necessárias para garantir a proteção. Quem não sabe ou não se lembra se tomou deve tomar as duas doses, com intervalo de pelo menos um mês entre as duas. Quem tomou as duas doses quando pequeno não precisa tomar de novo.
Quem tem entre 30 e 50 anos e não sabe se teve sarampo ou não se lembra de tomar a vacina quando pequeno pode tomar apenas uma dose.
Quem tem mais de 50 anos já é considerado imune e não precisa tomar a vacina.
Espaço Sinta-se Bem
O Centro de Vacinação da Unimed Goiânia conta com uma equipe médica especializada para orientação quanto à proteção individual.