A 36ª edição do Música no Câmpus, em parceria com a Unimed Goiânia, promoveu o show do músico Toquinho com participação especial de Camilla Faustino. O evento aconteceu no dia 10 de abril, às 20h30, e reuniu cerca 1.500 pessoas no Centro de Cultura e Eventos Professor Ricardo Freua Bufáiçal, da UFG. A Cooperativa foi representada no evento pelo diretor-médico e presidente em exercício, Adriano Auad.
Adriano Auad e Edward Madureira
“É com grande prazer que a Cooperativa apoia um projeto cultural deste porte e significado cultural. Trazer grandes nomes da cultura brasileira com preços acessíveis para a população também é “cuidar de você”, que é o nosso plano”, falou o diretor, mencionando o slogan da Cooperativa.
Camilla Faustino. Foto: Portal 730
Toquinho esteve na capital no ano passado fazendo um tributo ao poeta Vinicius de Moraes, seu grande parceiro e com quem ele garante ter aprendido a fazer música. Completando 50 anos de carreira, o artista trouxe de volta para Goiânia suas composições e dividiu o palco com a cantora goiana Camilla Faustino. Ela, que já cantou com grandes nomes da MPB como João Bosco e Ivan Lins, conheceu Toquinho nos bastidores do SBT e, a partir desse encontro, firmaram uma parceria que correu o mundo, começando na Colômbia, e o último show está marcado na Itália, em maio.
Edward Madureira
Este é o primeiro show de 2018 do projeto cultural da UFG em parceria com a Cooperativa e novamente sob a reitoria do Prof. Edward Madureira. “As primeiras edições do projeto foram na minha direção, e é com grande prazer e honra que agradeço a participação da Unimed Goiânia para poder retomar esse evento que fortalece nosso patrimônio cultural. Ter um parceiro da envergadura da Cooperativa só aumenta nossa vontade de fazer algo especial e que impacte positivamente a sociedade goiana”, agradeceu o reitor da Universidade Federal de Goiás.
Antes de se apresentar, Toquinho recebeu uma singela homenagem dos alunos de música do Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação (Cepae) que cantaram sua música “O Caderno”. “Eu sempre tenho crianças por perto, porque muitas das minhas músicas são infantis. Esse foi um lindo presente que me deram hoje, com essa apresentação. Com elas, eu também aprendo muita coisa”, reconheceu Toquinho. O cantor afirma que os grandes artistas têm muito a ensinar, mas que a pureza das crianças é o melhor ensinamento que deveríamos aprender”.
No show, o artista relembrou músicas como “Tarde em Itapuã”, “Regra Três”, “O Caderno”, de sua parceria com Vinicius de Moraes. “Em nossa trajetória de artista, levamos tanta gente junto. Os ídolos que temos e que depois encontramos no palco. E eu continuo guardando as experiências de pessoas que encontro até hoje”. O músico também fez um solo de violão ao som de Asa Branca e levantou a plateia, que cantou e dançou. Ao lado de Camilla, Toquinho encantou ainda mais com canções de samba e MPB. E finalizou a apresentação com sua música mais tocada: “Aquarela”.
“A Camilla já tem seu público, tem fã clube, canta muito e é bonita. O principal é que sua tonalidade de voz se adequa ao compositor, tem timbre, afinação. Ela é musical, o que torna o trabalho mais fácil”, afirmou Toquinho sobre o talento goiano que já desponta país afora.
Toquinho
Ao falar com jornalistas, Toquinho comentou sobre o sentimento de completar quase 53 anos de carreira e continuar se sentindo como se tivesse começado a cantar ontem. “Sinto que estou iniciando minha carreira hoje, isso na minha cabeça, porque tenho a mesma vontade quando vou ensaiar ou me apresentar, é sempre uma vontade revigorada. Sinto-me jovem tocando violão, tenho que tocar sempre melhor do que ontem e toco! Acabei de gravar um blues ontem, uma experiência nova”.
O artista também comentou como as atuais transformações artísticas vêm proporcionando novas experiências. “As transformações da música são eternas, peguei muitas fases da MPB quando o Brasil era grande. Hoje é pequeno, o mundo tá pequeno. A internet tem seu lado negativo, mas muito de positivo também. Quando comecei a trabalhar com canções, era muito mais simples, não tinha essa pulverização de informações, essa exigência de ter tudo à mão. Nunca tive nenhum método, aprendia tudo de ouvido. Hoje em dia, há facilidade de acesso a um instrumento, de aprendizagem, mas a competitividade é maior e os parâmetros, mais rigorosos. Antes, era mais difícil se formar profissional, porém a trajetória artística era relativamente mais fácil. Hoje, facilitou a formação, mas o mercado é mais exigente”, disse.