Depressão é tema em módulo de Educação Médica Continuada
O psiquiatra cooperado Wanderly Barroso Campos apresentou o tema relacionado à Depressão em um módulo de Educação Médica Continuada, realizado no dia 7 de junho, no auditório do Conselho Regional de Medicina do estado de Goiás (Cremego).
Estiveram presentes os diretores da Unimed Goiânia, Dra. Raquel Costa (Conselho Técnico), Dr. Adriano Auad (Diretoria Médica), Dr. Sérgio Baiocchi (Mercado) e Dr. Breno de Faria (Planejamento e Controle).
Dr. Wanderly Barroso Campos
Em sua palestra, o médico apresentou as diferenças entre tristeza e depressão, e também falou sobre o preconceito. "Nas décadas de 1930 e 1940, não se admitia sentir depressão, hoje as queixas físicas são predominantes nos idosos, que não relacionam os sintomas que sentem com a depressão", explicou. Ele também esclareceu como os sintomas se manifestam entre os jovens e os fatos estressantes que acontecem na infância podem produzir uma predisposição à depressão, desencadeada por um outro acontecimento.
Descrita pela primeira vez no início do século XX, a depressão ainda é confundida com tristeza, sentimento comum a todas as pessoas em algum momento da vida. Brigar com o namorado, repetir o ano escolar e perder o emprego são motivos para deixar alguém triste, cabisbaixo. Isso não significa, porém, que o sujeito está com depressão. Em alguns dias, ele, certamente, vai estar melhor.
Entre 80% a 90% das pessoas relatam sintomas de depressão primeiro ao clínico geral ainda por preconceito. Os casos têm aumentado bastante no mundo todo e, até 2020, será a segunda maior questão de saúde pública e a principal doença incapacitante, segundo a Organização Mundial de Saúde.
Atualmente, mais de 120 milhões de pessoas sofrem com a depressão no mundo, estima-se que só no Brasil são 17 milhões. E cerca de 850 mil pessoas morrem, por ano, em decorrência da doença.
Os médicos cooperados atestam esse crescimento ao relatar casos em diversas especialidades.
"Como nutrólogo, trabalho muito com obesidade. E existe um grande percentual de pacientes que tem alguma alteração de humor como ansiedade ou depressão. Então esse tema é importante para a minha área. Vim aqui entender qual é a visão desse especialista para tentar cruzar com minha própria visão e oferecer o melhor para os pacientes. Valeu muito a pena vir buscar mais conhecimento". Dr. Marcos Mohana, nutrólogo.
"A procura no consultório é muito comum. Atendemos muitos pacientes com sintomas de depressão, e acabamos nos interessando pelo tema e buscamos conhecimento para atender melhor". Dra. Vera Lúcia Botelho Azevedo, cardiologista.