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Síndrome de Down, quem ama, aprende a cuidar






 

Ao acompanhar a cobertura dos programas de televisão sobre os portadores da Síndrome de Down, é possível imaginar que até então, antes da novela ¿Páginas da Vida¿, de Manoel Carlos, pessoas com esse problema quase não existiam. A trama que envolve a menina Clara, abandonada pelo preconceito da avó e acolhida pelo amor da Dra. Helena cativa e explora a sensibilidade do público em aceitar diferenças ou simplesmente lembrá-las de que estas estão por aí.

 

Foi assim que Dilmar Teixeira Brito ficou conhecido nacionalmente como o portador de Síndrome de Down mais velho do mundo, mais até que os recordistas citados pelo Guiness World Records, a norte ¿ americana Nancy Siddoway e o sul ¿ africano Keith Roberts, ambos com 67 anos. Dilmar já completou seu 73º aniversário.

Morador de Anápolis, Dilmar é torcedor do Flamengo e possui certa queda por carros rubro - negro. Aos cuidados da mãe e a irmã caçula, nunca teve um tratamento médico assíduo quando criança, mas de acordo com a mãe, ele é tranqüilo e sempre recomenda à família amor e carinho.

 

¿Educação especializada, acompanhamento médico adequado e carinho são as receitas básicas para cuidar da saúde física e mental dos portadores de Down¿, explica Ana Beatriz Alvarez Perez, pediatra e geneticista do Centro de Genética Médica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Mas além de atenção e cuidados da família, pesquisas têm sido realizadas com a intenção de tratar a anomalia. O estudo foi realizado pelo Centro de Pesquisa da Síndrome de Down da Escola de Medicina da Universidade de Stanford e publicado na revista Nature Neuroscience e visa aliviar as dificuldades de aprendizado causadas pela Síndrome.

A droga pentylenetetrazole (PTZ) melhora a capacidade de aprendizado e a memória em ratos com Down quando administrada uma vez por dia, por um curto período.

"Basicamente nós temos algo que poderá ser parte de várias intervenções médicasa e ambientais para permitir que crianças com síndrome de Down vivam de forma mais normal", disse Craig Garner, co-autor da pesquisa, ao jornal britânico The Daily Telegraph.

Com tanta repercussão na mídia, é possível lembrar também que há um tempo foi transmitida uma campanha sobre a anomalia, em que o Slogan dizia: ¿Muitos lutam para ser diferentes, nós só queremos ser iguais¿. Para quem cuida de uma pessoa com Síndrome, talvez a grande questão não seja ser diferente, mas sim fazer a diferença.

Texto:Tainara Negreiro

 

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