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Pesquisa sobre olfato dá Nobel de Medicina a dois norte-americanos






Patrick Lannin
Da Reuters, em Estocolmo

Os cientistas norte-americanos Richard Axel e Linda Buck foram agraciados na segunda-feira com o Prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia deste ano por seu trabalho sobre os genes que controlam o olfato.
Os dois descobriram um conjunto de genes que contém a receita dos receptores ou sensores presentes no nariz e que identificam odores. A pesquisa mais importante feita pela dupla saiu publicada em 1991.
"O olfato permaneceu por muito tempo o mais enigmático dos nossos sentidos. Os princípios básicos de reconhecer cerca de 10 mil cheiros diferentes não eram compreendidos", afirmou a Assembléia do Nobel de Estocolmo ao explicar a concessão do prêmio de 1,38 milhão de dólares aos cientistas.
"Até o estudo de Axel e Buck, o olfato era um mistério", afirmou o professor Sten Grillner, membro do painel responsável pela concessão do prêmio e que está associado ao hospital escola Karolinska.
Os dois pesquisadores descreveram uma grande família de mil genes diferentes, ou três por cento do número total de genes do homem. Esses genes formam um número semelhante de sensores no nariz que são responsáveis por identificar cheiros e que são conhecidos como "tipos de receptor olfativo".
Os sensores ficam em células localizadas na parte posterior do nariz e são responsáveis pela identificação dos cheiros. Cada célula receptora tem apenas um tipo de receptor de odor, que consegue identificar um conjunto limitado de cheiros.
Essas células receptoras enviam sinais para algumas partes do cérebro encarregadas da identificação do odor.
"Por isso, podemos experimentar de forma consciente o cheiro da flor do lilás na primavera e depois ter a memória olfativa outras vezes", afirmou a entidade responsável pelo Nobel. Segundo a premiação, Axel, 58, da Universidade Columbia (EUA), e Buck, 57, do Centro Fred Hutchinson de Pesquisa sobre Câncer (EUA), haviam explicado o sistema olfativo do nível molecular ao da organização das células.
O prêmio é concedido desde 1901.
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