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Aliança, crise reforça necessidade de gestão planejada nas Cooperativas






Como se não bastassem o acirramento da concorrência no mercado, as periódicas exigências e normatizações da Agência Nacional de Saúde (ANS) e a ganância dos organismos arrecadadores estatais, a Unimed Goiânia tem um novo desafio pela frente: Impedir que a inadimplência da Aliança Cooperativista com os atendimentos em intercâmbio comprometa a saúde financeira da Cooperativa.

A dívida com a Unimed Goiânia já alcança R$ 600.000,00, contrastando com nossa relação de intercâmbio com a Unimed do Brasil cujo pagamento está e sempre esteve rigorosamente em dia.

O momento é oportuno para todos nós, Cooperados, fazermos uma reflexão sobre as razões que levaram a Aliança Cooperativista trilhar o descaminho da insolvência com o risco de comprometer não apenas as singulares vinculadas a ela, mas, sobretudo às Unimeds ligadas ao Sistema Unimed do Brasil.

Nesse processo, coube à cúpula da Aliança Cooperativista comprometer o fator de maior grandeza do Sistema Nacional Unimed, ou seja, as relações de intercâmbio que permitem o atendimento nacional, nossa grande diferença das demais operadoras de planos de saúde do país.

Isto é, Unimed A atende usuário da Unimed B, encaminha a conta das despesas (conforme estabelece o Manual de intercâmbio) e a Unimed B paga.

O cenário atual reafirma o que temos dito e repetido: para administrar é preciso preparo e profissionalismo, não basta apenas ter boa vontade ou boas intenções, porque desde 1999, com a promulgação da Lei 9.656, a realidade da saúde suplementar no país é outra, não permite sorte ou casuísmo, exige competência.

A partir da nova legislação, a ANS passou a regular e normatizar as operadoras de planos de saúde. O resultado foi que as operadoras apenas bem intencionadas com idéias ¿brilhantes¿, mas com pouca ação, profissionalismo e preparo para enfrentar a nova realidade, gradativamente foram deixando o mercado preventivamente ou, como mais recentemente, pela dor por meio de intervenções da ANS.

Na verdade, a máscara caiu, as palavras pelas palavras perderam o seu valor, os mais preparados e competentes se estabeleceram. E a tendência é que outras operadoras, mesmo Unimeds, exceto a Unimed Goiânia, saiam do Mercado em curto espaço de tempo.

 

 

Mas de onde surgiu a Aliança?

 

A Aliança Cooperativista é fruto de uma dissidência, ocorrida em 1997, porque um grupo de dirigentes não concordou com os rumos da Unimed do Brasil à época e decidiram criar um novo sistema denominado Aliança Cooperativista Nacional Unimed. Em Goiás, esse movimento separatista foi encabeçado pela Federação das Unimeds dos Estados de Goiás e Tocantins, então presidida pelo colega Cooperado Dr. José Abel Ximenes.

 

Neste momento, a Aliança Cooperativista, sob intervenção da ANS, ao quebrar ou fechar as suas portas deixa um rombo estimado em 50 milhões com prestadores de serviços que atenderam seus usuários e não receberam as contas.

Embora saibamos da dificuldade que a Aliança se encontra, esperamos que o seu presidente que é cooperado da Unimed Goiânia, Dr. José Abel Ximenes, tenha calma, dedicação e disponibilidade de tempo suficiente para conduzir esta situação desastrosa em que se encontra a Aliança, gerando o menor prejuízo financeiro possível para as Cooperativas que atenderam seus usuários, respaldadas na confiança ou, como diz o dito popular, na garantia do fio de bigode.

O momento também é oportuno para que o conjunto dos dirigentes do Sistema Unimed do Brasil estude mecanismos e procedimentos administrativo-operacionais para blindar as relações de intercâmbio, tornando-as, do ponto vista financeiro, mais seguras, a fim de evitar que as singulares bem dirigidas paguem pelas más conduzidas.

 

Conselho de Administração

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