O cooperativismo de trabalho médico brasileiro completa 40 anos com a solidez de congregar 103 mil médicos e beneficiar 14,4 milhões de usuários. A solenidade comemorativa acontecerá em Santos, município sede da cooperativa pioneira, em 1º de dezembro, às 20 horas, no Mendes Convention Center.
A festa, para 1.500 pessoas, reunirá lideranças de todo o país, entre personalidades da esfera política e autoridades do Sistema Unimed. Entre outros, já confirmaram presença os presidentes da Unimed do Brasil, Celso Correa de Barros; da Central Nacional Unimed, Mohamad Akl; da Unimed Seguradora, Dalmo Claro de Oliveira e da Federação das Unimeds do Estado de São Paulo, Eudes de Freitas Aquino.
¿Não estamos comemorando apenas quatro décadas da Unimed Santos¿. Estamos também celebrando a criação do Sistema Unimed¿, enfatiza o presidente da Unimed Santos, Raimundo Macedo. Maior estrutura suplementar de saúde do Brasil, o Sistema Unimed está presente em 75% do território nacional, por meio de 378 cooperativas singulares.
O contexto de criação do Sistema Unimed tem relação direta com a decadência da qualidade do serviço público de saúde e o surgimento de empresas mercantilistas de assistência médica. ¿As cooperativas médicas foram idealizadas como antíteses dos grupos fechados, em um esforço para romper tutelas, banir os intermediários, combater a proletarização do médico e assegurar assistência de qualidade¿, explica Macedo.
A ata de fundação da Unimed Santos foi assinada por 23 cooperados, no dia 18 de dezembro de 1967. À frente das articulações estava o então presidente do Sindicato dos Médicos de Santos, Edmundo Castilho. ¿Existe uma ameaça e precisamos combatê-la¿, dizia ele, cultivando a idéia de criar uma empresa para competir com os grupos mercantis de assistência à saúde.
¿Foi com base na experiência de Rochdale que eu me encontrei filosoficamente¿, relata Castilho, referindo-se aos 30 operários da fábrica de tecidos inglesa, que desenvolveram, em
Para chegar à definição do que seria o cooperativismo médico, os fundadores tomaram por base o artigo 3º do Código de Ética Médica, segundo o qual ¿o trabalho médico só pode beneficiar a quem presta e a quem recebe, nunca a terceiros, quer em caráter político ou comercial¿.
Para o presidente Raimundo Macedo, o Sistema Unimed cumpre o que determina a Constituição Brasileira, no sentido de assegurar o direito à saúde. ¿Alicerçado nos ideais de ajuda mútua e solidariedade, o cooperativismo de trabalho médico faz a sua parte de forma responsável e humanitária. A Unimed Santos insere-se no permanente esforço para que o direito à saúde se estabeleça na prática¿, destaca, e conclui: ¿Somos parceiros do Estado onde este, sozinho, não se mostra capaz. A solução dos problemas de saúde no Brasil é mista e solidária¿.
Ao confirmar presença na solenidade em Santos, o presidente da Unimed Goiânia, Dr. Sizenando da Silva Campos Jr., renovou os cumprimentos aos médicos cooperados e colaboradores da primeira singular do Sistema Unimed.
¿O exemplo dos médicos de Santos, liderados pelo Dr. Edmundo Castilho, foi seguido não apenas pelos quase 2.500 profissionais médicos de Goiânia, mas por mais de 100 mil profissionais médicos de todo País, assegurando uma assistência médico-hospitalar de qualidade para mais de 14 milhões de brasileiros¿, observou Dr. Sizenando.
Fonte: Unimed Santos