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Faculdade de Medicina comemora 50 anos






Faculdade de Medicina UFG

Fundada em 07 de abril de 1960 pelo professor Francisco Ludovico Neto, a Faculdade de Medicina comemora 50 anos de existência em 2010. A vocação da instituição foi definida pelas grandes endemias que assolavam a Região Centro-Oeste, fortalecendo-se no domínio do conhecimento sobre as doenças tropicais.

Desde sua criação, houve estreita vinculação com o sistema público de saúde. Uma demonstração disso é a gestão conjunta, durante mais de 30 anos e até a atualidade, do Hospital de Doenças Tropicais.

A introdução da Secretaria Estadual de Saúde nos movimentos de reforma sanitária ocorreu dentro da universidade, que, posteriormente, formou o seu quadro de sanitaristas, em convênio com a FIOCRUZ.

Histórico

Em 1960, a Faculdade de Medicina da UFG instalou seu primeiro campus avançado, em Porto Nacional (hoje Estado do Tocantins), levando docentes e discentes para o desenvolvimento de cuidados primários para a população que não dispunha de serviços de saúde, o que enriqueceu as experiências de interdisciplinaridade.

Em 1971, a partir de uma demanda epidemiológica relacionada com a Doença de Chagas, foi iniciado um novo projeto de interiorização no município de Firminópolis, que se ampliou para o município vizinho de São Luís de Montes Belos.  A motivação dos alunos era tão intensa que gerou o projeto OIC (Organização e Integração Comunitária), gerenciado pelo centro acadêmico e que prestou assistência descontinuada a diferentes municípios do Estado durante mais de 20 anos.

As dificuldades operacionais advindas do deslocamento das equipes para o interior de um Estado cada vez maior, e a necessidade de inserção dos alunos em atividades práticas de cuidados primários levaram a OIC a propor a criação do projeto Itatiaia, sediado nas imediações do Campus II da UFG. Este projeto durou mais de dez anos, até que a região se mostrou suficientemente desenvolvida para gerir a sua própria evolução.

A experiência satisfatória de levar os alunos a atuarem em centros de saúde se multiplicou e vários convênios foram firmados com a Prefeitura de Goiânia e o Governo do Estado.

A UFG também sediou, durante cerca de sete anos, o curso de pós-graduação em Saúde Pública, por solicitação da Secretaria Estadual de Saúde e em convênio com a FIOCRUZ, com base na rica experiência em saúde coletiva.

Atualmente, a Faculdade de Medicina concentra suas atividades externas, em Goiânia, nos Distritos Sanitários Leste e Sudoeste, com ação inicial desde a primeira série do curso de Medicina junto ao Programa de Saúde da Família. Como outras áreas de treinamento, além do Hospital das Clínicas, são utilizados hospitais e maternidades da rede municipal e estadual de saúde.

A Faculdade de Medicina da UFG está entre as 10 universidades públicas mais importantes do País e possui serviços e setores de referência nacional, como o Serviço de Oftalmologia (um dos principais do Brasil), Hepatologia, Reprodução Humana, Setor de Cirurgia de Transexualidade e Imunologia em Doenças de Chagas, com reconhecimento da Organização Mundial de Saúde.  A residência médica acumula 40 anos de experiência e possui um bom conceito no meio acadêmico nacional.

“O cinquentenário da Faculdade de Medicina representa o coroamento de uma trajetória importante como instituição de formação da área de Saúde, responsável por várias gerações de médicos e profissionais de saúde. Foram realizadas ações extremamente valiosas na construção de um modelo de saúde não só para Goiânia, mas para o Estado de Goiás, e muitas dessas ações tiveram repercussão nacional e até internacional. A Faculdade de Medicina cumpriu um papel nobre e fundamental, promovendo como produto final a melhoria da qualidade de vida da população”, analisa Dr. José Garcia, diretor do Hospital das Clínicas da UFG.

O Diretor da Faculdade, Dr. Heitor Rosa, também destacou a importância do Hospital das Clínicas (HC). “Os dois são indissociáveis. Não é possível falar de um sem falar do outro”, disse. Inicialmente, o HC foi doado para a FM para que ela pudesse funcionar, e durante muitos anos foi chamado de Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina.

“Mesmo com o desmembramento, continuou sendo o grande laboratório da Faculdade, que permite sua atividade prática e funciona com seu corpo docente e residentes. O novo HC é todo planejado por esses professores”, continuou.

Dr. Heitor enfatizou a transformação provocada pela FM na Saúde e na Assistência à Saúde no Estado de Goiás. “Podemos dizer que existe uma situação de saúde antes e depois da criação da FM. Quando a fFaculdade foi fundada, havia 159 municípios sem médicos em Goiás. Hoje, temos médicos em todos os municípios que são ex-alunos. Se você olhar para o sistema goiano de Saúde, público e privado, secretarias Estadual e Municipal, entidades corporativas, hospitais e a própria Unimed Goiânia no setor suplementar, verá que todos estão sob a orientação e direção de ex-alunos da Faculdade de Medicina. Isso demonstra a força e a transformação promovida pela Faculdade”,  finalizou Dr. Heitor Rosa.

Fonte: UFG e Unimed Goiânia

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