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Médicos deixam Unimed Goiânia fora de protesto






A Unimed Goiânia ficou fora do protesto contra os planos de saúde no dia 21de setembro, quando os médicos manifestaram-se contra as operadoras que se recusaram a negociar a revisão dos honorários ou que apresentaram propostas consideradas irrisórias pelas entidades estaduais representativas da classe médica.

A Unimed Goiânia demonstra-se sensível ao movimento reivindicatório, mas sua identidade cooperativista, contrária à identidade das operadoras mercantis de planos de saúde, a exclui desse cenário de exploração do trabalho médico e interferência na relação com o paciente.

“Em nenhum momento, nos opomos à participação de nossos cooperados em qualquer movimento, se eles assim o desejarem, mas no nosso caso é diferente. Cada médico é seu próprio “patrão” e o repasse dos ingressos financeiros, tendo como base a consulta médica, atende o princípio de distribuição de sobras do Cooperativismo”, explica o presidente da Unimed Goiânia, Dr. Sizenando da Silva Campos Jr.

Ele continua dizendo que “como cooperativa de trabalho médico, a Unimed Goiânia foi criada justamente para contrapor-se à exploração e intermediação feita pelas empresas mercantis do trabalho do médico, sendo uma alternativa de geração de trabalho e renda para os profissionais”.

Na Cooperativa, o valor da consulta é uma referência, fruto das sobras que serão distribuídas entre todos os cooperados, porque quando esse valor é repassado ao médico, já vem abatido os benefícios aos quais ele tem direito como um plano de saúde subsidiado, auxílios maternidade e doença,
seguros, anuidade do Cremego, pecúlios, e até as exigências financeiras da Agência Nacional de Saúde (ANS), que até pouco tempo não existiam. Já que cada médico é o dono da Cooperativa, é ele quem faz essas reservas financeiras exigidas pela ANS.

Em Goiás, foi interrompido o atendimento aos beneficiários da Geap, Casbeg/Fundação Itaú, Mediservice, Golden Cross, Sul América e Imas (Instituto de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais de Goiânia). A escolha das operadoras deu-se com base no desempenho das negociações no âmbito estadual.

A paralisação de 24 horas ocorreu em nível nacional e é um desdobramento direto do ato de 7 de abril, quando os médicos suspenderam por um dia o atendimento pelos planos de saúde em protesto contra os problemas observados na saúde suplementar. O ato está sendo coordenado pela Comissão Nacional de Saúde Suplementar (Comsu) que é composta pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), Federação Nacional dos Médicos (Fenam) e Associação Médica Brasileira (AMB).

Caso os planos de saúde não apresentem propostas satisfatórias às reivindicações feitas pelos médicos, a categoria pode organizar novas e mais duras manifestações que podem gerar até o descredenciamento de alguns dos planos, alerta o primeiro secretário do Conselho Federal de Medicina (CFM), Dr. Desiré Carlos Callegari.

“A Cooperativa reafirma seu compromisso de apoiar o movimento das instituições representativas da categoria voltado para a valorização do profissional médico e o exercício pleno da medicina”, finaliza Dr. Adriano Auad, diretor-médico da Unimed Goiânia e 1º vice-presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego).

Fonte: Cremego e Unimed Goiânia.

 

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