arquivo-noticias - Unimed Goiânia

OMS lança guia sobre transplante






Para evitar conseqüências negativas para as populações e para orientar a comunidade científica e os governos sobre os efeitos dos transplantes, a OMS publicou (dia 02/05) um guia do que deve ou não ser permitido em termos de transplantes entre animais e seres humanos. Na avaliação da agência de saúde da ONU, os governos devem realizar um controle maior dessas práticas.

Segundo a OMS, testes realizados há poucos meses mostraram bons resultados no transplante de órgãos de suínos geneticamente modificados para outros animais. Mas em seres humanos, um dos raros casos de sucesso é a cultura de um tecido a partir de células de ratos para a reconstituição de pele humana. Mesmo assim, esse procedimento é controlado de forma bastante rigorosa pelos cientistas. Supostos tratamentos para diabete e desordens neurodegenerativas com elementos animais ainda estão em uma fase embrionária. O maior risco desse tipo de transplantes é a transmissão de doenças.

Vários países já adotaram leis regulando o transplante entre animais e homens. Em 2004, a OMS também aprovou uma resolução que estabelecia que esses transplantes somente poderiam ocorrer \\\\\\\\\\\\\\\'quando controles regulatórios e mecanismos de monitoramento fossem estabelecidos pelas autoridades nacionais de saúde\\\\\\\\\\\\\\\'.

Mas o que mais preocupa a OMS é que esses tipos de transplantes também ocorrem em países mais pobres, onde os controles sanitários e técnicos não são sofisticados e seguros. \\\\\\\\\\\\\\\'Isso significa que não há prova da qualidade dos recursos do animal e não há monitoramento do recipiente do novo tecido, célula ou órgão\\\\\\\\\\\\\\\', diz a organização. Para ela, esses transplantes nem sequer deveriam ser autorizados em regiões em que não possa oferecer essas garantias e serviços.

Para a OMS, uma das soluções é promover uma cooperação internacional mais intensa e garantir os padrões desse tipo de intervenção cirúrgica.

Enquanto isso, a agência da ONU defende que leis mais duras devem ser aprovadas e aplicadas em todos os países.

Fonte: Jornal Estado de São Paulo
03/05/2005

${loading}