Não bastassem os tão comentados efeitos da radiação, agora são as baterias que aprecem como vilãs. Desde o início de julho foram registrados dois casos de explosões de aparelhos no país.
O comerciante Jesus Favacho Andrade, 46, um morador de Belém do Pará, levou um susto no último dia cinco. O celular de sua filha, que ele havia pegado emprestado, estava em sua bermuda quando a bateria explodiu. Jesus teve queimaduras de 1º e 2º graus na perna.
Três dias antes, em São Paulo, o funcionário público Roberto Izzo passou por experiência semelhante. Quando ia atender a um telefone, o aparelho explodiu, causando queimaduras nos braços, costas, na nuca e uma lesão na córnea.
O caso mais grave já registrado aconteceu na Tailândia, em março de 2004. Prasit Srise-eluang trabalhava próximo a um polo de alta voltagem quando seu aparelho explodiu. O tailândes teve a perna direita e todos os dedos do pé esquerdo amputados. Além disso, sofreu queimaduras de 3º grau e danos motores irreversíveis na mão direita.
A radiação emitida pelos aparelhos e torres de telefonia móvel pode causar danos ainda mais graves.
"O aparelho emite ondas que aumentam a temperatura do local com o qual ele está em contato. Assim, por estar sempre próximo à cabeça, o celular pode causar problemas", explica o engenheiro nuclear Arthur Otto, professor de física da Universidade salgado de Oliveira (Universo).
Baterias
O uso de baterias compradas no mercado paralelo também aparece como causa dos acidentes. Para reduzir custos, os piratas não introduzem sistemas de redução de riscos nas peças, que têm maior propensão às explosões.
Na Bélgica, a Associação Nacional de Consumidores fez um relatório para alertar contra os riscos de alguns tipos de bateria. As peças não teriam um sistema de prevenção contra curtos-circuitos, principais responsáveis pelos acidentes. Das 50 baterias analisadas pela associação, 30 apresentaram problemas.
Dicas
Para evitar explosões na bateria
Para minimizar os efeito da radiação
Fonte: Jornal Diário da Manhã
13/07/2005