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Atendimento hospitalar em casa






O Home Care no Brasil passou a funcionar mais efetivamente a partir de 1995.

Confira a entrevista de Elias Antônio Borges de Abreu - Diretor de empresa prestadora de serviço na área de saúde - CENTRE Health Care Group (Hospital, Home Care e Clínica).

Quais as vantagens da utilização deste procedimento para pacientes e familiares?

O Home Care oferece vantagens para o doente, o benefício é o fato dele não estar submetido aos riscos de um ambiente hospitalar, como o de adquirir infecções, por exemplo. Um outro benefício é o fato de que o ambiente hospitalar é um local estressante, pois não tem nada pior do que ficar preso a uma cama de hospital. A vantagem para a família é que ela não tem que se deslocar até o hospital para visitar o doente.

Quais são os profissionais envolvidos no atendimento domiciliar?

Estão envolvidos o hospital, que tem que sinalizar a operadora e o médico assistente, que é o prescritor. Ele deve ser o primeiro a identificar essa necessidade. Se ele não sinaliza ao hospital, o auditor entra no processo e faz isso. O auditor identifica o caso de internação e verifica se esse atendimento poderia ser feito no ambiente domiciliar, conversa com o médico assistente e discute a possibilidade de encaminhamento para o Home Care. Ele também discute com o hospital e, geralmente, o hospital não se opõe. O médico assistente sim, pode causar uma certa dificuldade, por não conhecer, por não saber que existe a possibilidade de cumprir esse tratamento no ambiente domiciliar. Se o médico não identifica, o auditor ou alguém da operadora deve entrar em contato com ele e explicar essa possibilidade terapêutica.
 
Porque o médico indicaria o Home Care para seus pacientes?

A vantagem para o médico é o bem estar do doente. O doente que tem indicação de fazer o tratamento em casa, sem dúvida, é melhor fazê-lo a fazer no hospital. Às vezes, o médico é um limitador nesse processo.

Quais são os critérios de admissão e alta?

Os critérios de admissão são: clínico, social e financeiro. O critério clínico é quando vamos ao hospital e observamos que o paciente tem que ter estabilidade, hemodinâmica metabólica, não pode necessitar de procedimentos cirúrgicos a curto prazo etc. Nos critérios sociais, deve se avaliar que, às vezes, o doente tem indicação, só que a casa da família não comporta a equipe, por exemplo. Às vezes, a família não mora toda junta ou é desestruturada psicologicamente. Aí, quando o paciente é levado para esse ambiente, isso gera um conflito tremendo, principalmente na hora de encerrar o Home Care.
 
Qual o perfil do paciente?

Basicamente, o perfil do paciente de Home Care são doentes crônicos. O crônico neurológico, respiratório e cardíaco. A patologia principal seria o neurológico e depois o respiratório.

Ele se aplica também a casos como endocardite, que é a médio/longo prazo. Um outro caso que a gente tem preconizado é o pré-hospital-care, que é o atendimento domiciliar antes do hospital, um monitoramento clínico
 
Como é atuação da equipe multidisciplinar neste ambiente?

A equipe multidisciplinar sempre deve funcionar de forma harmônica. O médico é o maestro da equipe, apesar de não estar freqüentemente na residência. A enfermagem tem um papel fundamental, pois, no caso da internação, ela permanece maior tempo com o doente. A equipe de fisioterapia e reabilitação também tem um papel importante, porque com muita freqüência vai até a residência. Então, a interação entre os membros da equipe é muito importante. Hoje, a equipe é composta por: médico, enfermeira, fisioterapeuta, fonoaudióloga e, algumas vezes, pela psicóloga. O papel da assistente social fora do ambiente domiciliar, no trabalho mais de base (o back-office), também é muito importante.
 
Qual é o papel do cuidador e do restante da família nesse processo?

Eles têm um papel muito importante. O doente que recebe a indicação do Home Care e que não tem condições de fazer as atividades da vida diária sozinho, depende de alguém para ajudá-lo a fazer as atividades, como se levantar, tomar banho, comer, escovar os dentes etc. Se ele tem dependência de alguém para ajudá-lo nestas atividades, sempre é necessário que a operadora de Home Care, antes da implantação do procedimento, identifique quem será o cuidador. O cuidador é importante principalmente quando o Home Care acaba. O ato de cuidar nem sempre precisa ser feito por um profissional, ele pode ser feito por um leigo. Deve ser escolhido alguém com antecedência, para que se saiba antes do final do tratamento quem será o cuidador responsável. A equipe do Home Care treina o cuidador para que ele continue a assistência.
 
Entrvistado: Elias Antônio Borges de Abreu - Diretor de empresa prestadora de serviço na área de saúde - CENTRE Health Care Group (Hospital, Home Care e Clínica), presta consultoria em promoção de saúde e avaliação de risco saúde para empresa e operadoras de saúde.

Fonte: Fundação Unimed
15/07/2005

Confira o serviço de atendimento domiciliar da Unimed Goiânia

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