A obesidade é atualmente um dos grandes problemas de saúde pública, uma vez que afeta boa parcela da população. As modificações dos hábitos alimentares, como a realização de refeições rápidas e o uso de alimentos altamente calóricos, associados com a redução da prática de atividade física são fatores fortemente associados com o aumento do peso corporal.
Sabe-se que a obesidade pode induzir ao diabetes. O diabetes, bem como o excesso de peso, são fatores que podem resultar em acúmulo de gordura no fígado. Isso deriva em alterações da função normal do fígado, podendo também predispor a doenças mais graves.
Um dos problemas que pode advir do acúmulo de gordura no fígado é a insuficiência hepática aguda, situação em que o órgão torna-se incapaz de exercer adequadamente suas funções. Com o objetivo de estimar o risco de doença grave do fígado, nos obesos, um grupo de pesquisadores norte-americanos publicou um estudo na revista Clinical Gastroenterology and Hepatology em dezembro de 2006.
Neste estudo foram selecionados 782 adultos, que apresentavam quadro de insuficiência hepática aguda. Os resultados do estudo mostraram que cerca de 29% dos portadores de insuficiência hepática tinham o peso acima do normal. Além disso, os obesos apresentaram maiores taxas de complicações de doença do fígado, sendo que precisaram com maior freqüência de transplantes. O número de mortes também foi maior neste grupo de pacientes.
Com isso os autores concluíram, que a presença de obesidade nos portadores de insuficiência hepática aguda não foi diferente daquela observada no restante da população. Porém, aqueles indivíduos com doença do fígado e obesidade associada, apresentaram um quadro mais grave e com maiores complicações.
Dessa forma ressalta-se a importância do controle do peso corporal, com a adoção de hábitos de vida mais saudáveis e prática regular de atividade física. Isso contribui tanto na prevenção quanto na redução da gravidade das doenças.
Fonte: Cilinical Gastroenterology and Hepatology