Uma molécula produzida naturalmente pelo organismo impediria a destruição das células do sistema imunológico durante uma infecção pelo vírus HIV, causador da Aids, e poderia contribuir para reconstituir células destruídas pela infecção, segundo um estudo publicado nos Estados Unidos.
O vírus da Aids ataca o sistema de defesa do organismo, disfarçando-se no interior das células imunológicas (do sistema de defesa) linfócitos-T, lembram os pesquisadores do Instituto Nacional Americano de Doenças Infecciosas e Alergias (Niaid).
Durante a progressão da infecção, os linfócitos-T se autodestroem, um suicídio celular chamado de apoptose e que se propaga para as células ainda não infectadas, acrescenta o estudo publicado na edição desta semana da revista científica "PNAS", da Academia Nacional de Ciências americana.
Para impedir a autodestruição das células do sistema imunológico, os cientistas testaram o papel da molécula interleucina 7 (IL-7) em amostras de sangue de 24 indivíduos infectados pela Aids em diferentes estágios da doença.
Este teste foi realizado com uma forte concentração de moléculas IL-7.
O sangue dos doentes tratados com a molécula IL-7 mostrou uma redução da apoptose e uma diminuição dos marcadores moleculares da infecção, o que significa um reforço do sistema imunológico.
Os efeitos da IL-7 variaram em função do grau de avanço da infecção, mas esses resultados indicam que a molécula poderia ser utilizada como anti-retroviral para reconstituir as células imunológicas danificadas pela Aids, segundo os pesquisadores.
Se funcionar, a idéia poderia deter o principal problema de saúde relacionado à doença, já que a Aids mata ao destruir o sistema imune e facilitar as chamadas infecções oportunistas -- doenças como pneumonia, por exemplo.
Fonte: Informações do G1