Uma pesquisa gerada na Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, observou os efeitos do fumo ao observar a pele que recobre a parte interna dos braços de fumantes e não-fumantes.
Estudos anteriores haviam se concentrado apenas no rosto, onde a pele pode sofrer danos não apenas pela ação do fumo, mas também por exposição ao sol. Os pesquisadores fotografaram a pele do antebraço de 82 pessoas.
Os participantes da pesquisa tinham idades de
Metade dos participantes fumavam ou haviam fumado no passado por, em média 24 anos, um quarto de maço a quatro maços por dia.
Em artigo sobre seu trabalho, a equipe liderada por Yvonne Helfrich disse terem descoberto que o número de maços de cigarro consumidos por dia estão ligados ao grau de envelhecimento da pele.
A pesquisadora explicou que fumar aumenta uma enzima da pele, matrix metalloproteinase-1, resultante do aumento de ruptura de colágeno e diminuição da produção de colágeno. O efeito geral causa enrugamento e perda da elasticidade.
Além disso, Yvonne Helfrich conta que a constrição de capilares na epiderme causada pelo fumo reduz o suprimento de oxigênio, afetando negativamente a saúde da pele e a aparência em geral.
Indy Rihal, da Fundação Britânica para a Pele, adverte: "Além dos raios ultravioleta do sol e de camadas de bronzeamento, a fumaça do cigarro é o principal fator ambiental que causa mudanças na pele, com freqüência associadas à aparência de velha tais como rugas profundas e textura semelhante a couro."
Para Amanda Sandford, da ONG Britânica Action on Smoking and Health (ASH), a quantidade de creme antirugas não pode em hipótese alguma remover as rugas causadas pelo cigarro. ¿A melhor forma de os fumantes evitarem uma aparência de ameixa enrugada é parar de fumar¿, comentou.
Fonte: BBC
Texto: Tainara Negreiro