Além de veicular nas emissoras de televisão, uma campanha pela preservação do Rio Araguaia nessa temporada de férias de julho, a Unimed Goiânia preocupa-se em divulgar informações sobre a prática de bronzeamento saudável.
A Cooperativa está chamando a atenção de seus médicos cooperados para que orientem seus clientes na prevenção do câncer de pele, informando os melhores horários para tomar sol, a importância dos filtros solares e como usá-los.
O horário do sol
Das dez horas da manhã até as três ou quatro horas da tarde, há prevalência dos raios ultravioleta do tipo B, mais cancerígeno, capaz de provocar mais alterações na pele, entre elas o carcinoma espinocelular.
Sempre se acreditou que os raios ultravioleta do tipo A, que incidem no restante do dia, fossem menos maléficos, apesar de provocarem o envelhecimento precoce da pele por serem mais profundos. Ultimamente, porém, uma série de trabalhos sobre o assunto está relacionando esse tipo de raios à incidência de melanoma, entre todos, o mais perigoso dos tumores, pois pode causar a morte.
O basocelular e o espinocelular são carcinomas mais facilmente curáveis, embora, algumas vezes, provoquem deformidades. O melanoma, no entanto, tem maior capacidade de desenvolver metástases, popularmente chamadas de raízes, e de comprometer o funcionamento de outros órgãos. Por isso, pessoas de pele clara, principalmente, devem saber tomar sol.
O limite de cada pele
Como regra básica, todos podem e devem tomar sol, mas para cada um existe um limite tolerável de exposição que deve ser respeitado. A pessoa pode identificar seu limite, observando o eritema, ou seja, o vermelhidão ardido que se forma na pele e que incomoda à noite. Há pessoas com pele muito sensível que vão à praia, por exemplo, e nunca conseguem ficar morenas.
Essas, infelizmente, não podem tomar muito sol. Já uma pessoa com pele considerada do tipo 3, a que vai à praia e logo consegue ficar moreninha, não tem tanto problema porque essa coloração funciona como um filtro solar que a natureza lhe deu, aliás, o melhor filtro solar que existe, pois protege bastante contra os raios ultravioleta do sol.
Critérios na escolha do protetor solar
Para pessoas de pele normal, que não têm casos de câncer de pele na família nem nunca tenham manifestado o problema, o fator de proteção solar número 15 é o que representa melhor custo-benefício, porque consegue oferecer 94% de proteção contra o raio ultravioleta do tipo B. Além disso, os produtos mais modernos protegem não só contra o UVB (ultravioleta do tipo B) como também contra o UVA (ultravioleta do tipo A), uma vez que a tendência atual é creditar uma série de lesões, incluindo o melanoma e o envelhecimento precoce, à ação dos raios UVA.
Em relação ao custo-benefício, portanto, protetor solar fator 15 é o indicado porque garante 94% de proteção. Se a pessoa usar o fator 33, aumentará esse índice para 97%, o que não representa uma diferença significativa.
Atingir 100% de proteção é impossível nem vale a pena. É preciso tomar um pouco de sol para estimular a pele.
Aprendendo a passar o protetor solar:
Muitas vezes, o problema não está no fator de proteção, está no saber passar o produto. Não basta aplicá-lo uma única vez antes de ir tomar sol. É preciso repetir a operação pelo menos a cada duas horas, porque 50% do efeito desaparece com o tempo. Especialmente se a pessoa entrou na água ou suou muito, deve refazer a aplicação. Às vezes, ela acha que, passando um protetor fator 60 pela manhã, estará protegida o dia todo, o que é um engano. Se estiver na praia, então, precisa repetir a aplicação com freqüência para garantir o efeito desejado.