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A grandeza econômico-financeira da Unimed Goiânia






Na vida corrida dos consultórios, cirurgias ou mesmo no dia-a-dia de nossas próprias empresas em busca de nossa sobrevivência, às vezes, nos distanciamos da Cooperativa Unimed Goiânia. Isto é, nos distanciamos do nosso negócio coletivo, impedindo de reconhecermos a grandeza alcançada por ela nos últimos anos, mesmo neste cenário adverso da medicina suplementar.

Mas afinal, que grandeza é essa? A Unimed Goiânia é uma empresa cooperativa que, para cumprir seu objetivo de gerar trabalho e renda aos seus associados, comercializa planos de saúde. No ano de 2006, o seu faturamento bruto, como operadora de planos de saúde, foi de R$ 300.231.803,09, representando um crescimento em relação ao exercício anterior da ordem de 19,98%. Sua performance a torna grande, como muitas empresas mercantis por este Brasil afora.

Apesar deste faturamento, tivemos uma perda contábil no exercício de 2006 de R$ 1.861.863,08 que corresponde a 2,52% da produção do cooperado no ano. De acordo com o estatuto da Cooperativa e a lei do Cooperativismo, será rateada em nove vezes mensais conforme decisão unânime da última Assembléia Geral Ordinária (AGO).

Esta perda se deve, particularmente, ao custo assistencial que alcançou, no ano de 2006, 89,3%, sendo que o índice aceitável fica entre 75% a 80%, e dentre outros também a inadimplência da Aliança Cooperativista.

Mas, essa perda, em comparação ao aumento do ingresso bruto (R$ 300.231.803,09), torna-se irrisória. Ademais, encerramos 2006 e o primeiro trimestre de 2007 com aplicações financeiras obrigatórias exigidas pela ANS no valor de R$ 11.830.799,10.

Em relação ao custo assistencial, precisamos destacar dois pontos importantes: o pagamento de quimioterapia tradicional e de medicamentos de alto custo geraram uma despesa de R$ 13.896.323,60; e as órteses, próteses e materiais especiais resultaram no custo de R$ 9.334.294,86.

Por outro lado, o índice de internações definido pela ANS é de 6,5% a 8,5%, mas na Unimed Goiânia esse índice extrapolou e ganhou dimensões astronômicas chegando ao recorde de 14,73%, SADT = máximo 1,8 (dados da OMS ¿ Organização Mundial da Saúde) = 2,64 (dados da Unimed Goiânia). São estes valores, apenas para citar alguns, que elevam o custo assistencial a um patamar que dificulta, inclusive, o aumento da consulta do médico cooperado, além de favorecer perdas.

Entretanto, implementamos uma série de benefícios indiretos como a Defensoria Jurídica, Auxílio Doença, Auxílio Maternidade, FACO, pagamento de consulta do intercâmbio (R$ 38,00) no valor da Cooperativa (R$ 40,00), entre outros, que aumentam o valor da consulta ponderada, fazendo-a atingir R$ 43,25.

Além disso, o fluxo de caixa da Cooperativa permite que o pagamento da produção dos cooperados seja efetuado

sempre com uma antecedência de até 5 dias do cronograma. Assim, o cooperado sempre contou com o recebimento em dia de sua produção, por volta do dia 15 de cada mês. O benefício também atinge as empresas (pessoas jurídicas), que possuem em seus quadros uma participação de 75% de médicos cooperados, que recebem suas faturas em dia. Isto é, com antecipação de 5 dias em 90% das pessoas jurídicas. As outras 10% recebem 50% da fatura e, após 7 dias, os 50% restantes.

Essa prática demonstra o cuidado dispensado na movimentação do dinheiro do negócio do cooperado, jamais atrasando os repasses. A imagem da Unimed Goiânia perante os fornecedores é de uma empresa que honra seus compromissos em dia, sem nenhum tipo de reclamação. Também não tem tido menos cuidado com o recebimento dos beneficiários de planos de saúde pessoa física e jurídica, buscando sempre atualizar os valores dos planos de saúde, a fim de garantir o aumento da carteira de clientes, já próxima de 200.000 beneficiários.

É certo que enfrentamos ainda a inadimplência de intercâmbio com a Aliança Cooperativista.

Além de manter o crescimento das vendas, devemos reduzir nosso custo assistencial e, para atingir este objetivo, dependemos muito do médico cooperado, da sua correta e consciente atuação em seu negócio. Não se trata de um convênio que não pertence ao médico cooperado. A empresa é de cada um que, por sua vez, depende do seu ganho para valorizar mais os cooperados. De 2002 a 2006,

encaminhamos aos cooperados cerca de 30 ofícios alertando sobre o aumento do custo assistencial.

Será que metade dos donos desse grande negócio os leu? Talvez não, já que o custo assistencial chegou a 89,3%.

Ou seja, o repasse feito para consultas, às clínicas, hospitais, Coopanest, etc., levaram 89,3% dos ingressos, restando somente 10,7% para administração, investimentos e garantias para a ANS. Em contrapartida, o custo administrativo que Internacionalmente deve ser de no máximo 15%, na Unimed Goiânia ficou em 8,5%.

Apesar de tudo, temos o valor de R$ 11.830.799,10 aplicado em banco para garantir nosso negócio, cumprindo determinação da ANS para formação de um ativo garantidor. Em julho, teremos que ter aplicado R$ 16.000.000,00. Estamos confiantes de que atingiremos esse objetivo com a colaboração e o esforço dos colegas cooperados no trato com os custos assistenciais.

Vamos juntos garantir o equilíbrio econômico e financeiro da sua, da nossa Cooperativa para que possamos aumentar o valor da consulta e dos procedimentos. Para isso, necessitamos que todos tenham a consciência e o compromisso de baixar o custo assistencial que é ditado pelo próprio cooperado.

 

(*) Dr. Ary Monteiro do Espírito Santo

 é Diretor Econômico/Financeiro da Unimed Goiânia.

 

 

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