Desde o dia 2 de abril, entraram em vigor as novas regras para os planos de saúde. A medida da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) incluiu mais de cem novos procedimentos na cobertura oferecida nos contratos de pessoa física, assinados a partir de janeiro de 1999.
A partir de agora, o beneficiário terá direito a consultas com nutricionistas e fonoaudiólogos, tratamentos de terapia ocupacional e psicoterapia. Também foram incluídos procedimentos de controle de natalidade, como colocação de DIU, vasectomia e laqueadura; e ainda transplante de medula e exames de DNA na gravidez para detectar doenças genéticas. O rol da ANS possui, agora, 2.973 itens ao todo.
?Estamos preparados para atender nossos beneficiários dentro do novo rol. A Unimed Goiânia está adotando todas as medidas cabíveis para oferecer todos os serviços exigidos da melhor forma possível. Para isso, está criando a rede de atendimento para cobrir as especialidades e procedimentos, não inclusos nos planos de saúde, e oferecendo o atendimento necessário. Nossos beneficiários não ficarão a ver navios?, garante o diretor Médico da Unimed Goiânia, Dr. Adriano Auad.
Divergência
A Unimed do Brasil quer que a nova lista de coberturas venha acompanhada de um reajuste nas mensalidades destes contratos, que não foi autorizado pela ANS. Sendo assim, ingressou no dia 24 de março, com uma ação judicial contra a Resolução Normativa nº. 167/08, que atualiza o Rol de Procedimentos da ANS com a inclusão dos novos itens. De qualquer forma, está disponibilizado no Portal Unimed a versão 1.8.2 da Planilha de Equivalência, adequada às mudanças geradas pelo novo rol.
No caso da Unimed Goiânia, o impacto das novas coberturas nos custos será de 10%, de acordo com cálculos preliminares.
O presidente da Cooperativa, Dr. Sizenando da Silva Campos Júnior, afirma que nenhuma operadora é contra as mudanças, mas o setor não concorda com a decisão da ANS de não permitir o reajuste, já que a contratação de novos profissionais representará elevação de custos.
Os contratos de planos de saúde assinados a partir de agora ficarão mais caros devido às mudanças. O presidente da Cooperativa, alerta para o fato de que ?os planos de saúde terão de arcar com procedimentos de baixa freqüência e alto custo como o transplante de medula, que custa cerca de R$ 200 mil. Os preços dos novos planos subirão e isso nos preocupa. Uma alternativa é dar ao beneficiário o direito de escolher o tipo de cobertura que desejar?.